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Sabado, 08 de Novembro de 2025

Entretenimento

O PODER DE UMA CRÍTICA

Alamoa, também é da Alemoa.

Adalberto de Oliveira
Por Adalberto de Oliveira
O PODER DE UMA CRÍTICA
Adalberto de Oliveira - Jornal Tema / arquivo
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O poder de uma crítica
                              
Seja em qual campo ou setor de nossas vidas, tão importante ou mais quanto um possível erro, é a reação daqueles que se depara com ele, neste momento, seus contrários, tornam-se eméritos julgadores, entretanto, sentenciam, sem dó nem piedade, sem a menor preocupação e compromisso, em averiguar os fatos, entender sua natureza e, por sua vez, aí sim, formar seu juízo de valor e, então proferir sua sentença, ou melhor, sua critica, disfarçada de opinião.
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Muitos ainda não entendem que a crítica, faz parte do crescimento, do aprendizado, da correção, contudo valem-se estes de suas criticas para ferir, apontar e destruir, não percebem, que antes da critica vem a interpretação, é como se atirasse e depois perguntasse, critica é cuidado, é ensinamento, é aviso, a critica ao contrário do que acha a maioria dos críticos é o cuidado de se apontar, por meio de interpretação, análise e retrospecto que aquilo ou aquele não está de acordo com o entendimento comum e, por isso, necessita ser corrigida, não existe critica boa ou critica ruim, existe critica e esta sempre deve buscar o melhor, identificar o erro e incentivar o acerto.
Reza o bom senso, que a importância macro, deve sempre prevalecer sobre a importância micro, para nossa tristeza, não é bem assim que as coisas se apresentam, entendemos que o ser humano é ruim por instinto, sua natureza é bélica, sua critica não constrói ela destrói, muitos ainda têm dificuldade em reconhecer, em entender, em aprender, a interpretação torna-se exercício exaustivo para aquele que tem preguiça em observar aquilo que realmente interessa, em identificar o intrínseco e, assim concluir o extrínseco; em apegar-se e conseqüentemente se fartar daquilo que importa  não daquilo que tem importância.
A estes, como há muitos outros também, denota-se a falta de traquejo com a leitura e aqui cabe uma critica, pois um povo que pouco lê, pouco aprende, cabe aos mesmos, uma força de vontade, um incentivo, um interesse em aprender, a despir-se de seus pré-conceitos, a identificar uma licença poética, a reconhecer um vício de linguagem regional onde, por exemplo, o bairro da Alamoa, também é da Alemoa. Imputa-se aos mesmos o cuidado, a humildade em reconhecer, em certos momentos, que herrar é umano, que um erro, em alguns instantes é uma brincadeira, uma descontração, uma traquinagem proposital, em outros momentos que é algo menor, sem importância nem prejuízo e, em outros, algo de tremenda magnitude, que denota cuidado, atenção e correção.
Escrever certo é uma obrigação, escrever errado necessita correção, ler exige atenção, critica merece interpretação, conhecer a língua e sua gramática é um dos exercícios diários que nos acompanha por toda vida.
Há exemplos clássicos na história em que uma palavra, um acento, mudou todo sentido, causou prejuízos financeiros, salvou vidas, fez história.   Certa vez Napoleão Bonaparte em um destes casos, teve sua ordem totalmente alterada, pois passava sempre pelo crivo do mesmo que toda condenação à guilhotina deveria ter sua autorização. Certos disto, como de hábito, a Suprema Corte enviou Súmula ao General Francês clamando pela condenação à morte do réu, de posse do documento impresso, Napoleão manifestou-se em resposta, de maneira simples e objetiva “se todos concordam eu não discordo“.
Quando da execução, a resposta de Napoleão foi entregue ao réu, para que este a lê-se, de pronto o mesmo solicitou uma caneta e, colocou uma vírgula depois do não alterando o sentido da frase e assim, salvando sua vida, pois os dizeres de Napoleão naquela carta passaram a sugerir a seguinte interpretação: “se todos concordam eu não, discordo”.
Exemplo similar aconteceu na Rússia da Czarina Maria Fyodorovna, esposa de Alexandre II, onde aquela contrária à um mandado de execução determinado por seu marido, salvou a vida de um homem, alterando de lugar uma vírgula, onde na carta que seria enviada aos executores ao invés de conter os dizeres: “perdão impossível, mandar para a Sibéria” lia-se: “perdão, impossível mandar para Sibéria”.Portanto, ao lermos, vermos ou ouvirmos algo ou alguém, devemos interpretar. O silencio é uma sabia ferramenta de análise, até mesmo de opinião, não que quem cala consente mas que a às vezes, a palavra é de prata e o silencio é de ouro, A critica para ser amadurecida deverá ser precedida de responsável análise, de cuidado, de objetividade e foco, principalmente de imparcialidade, à todos os críticos dever-se-ia apresentar um texto chamado “Mensagem à Garcia”, neste ensina-se que às vezes, não se cabe pergunta, tão pouco menção e muito menos indagação, cabe ação, reflexão e cumprimento, o compromisso é com a realização, com o objetivo final, não atendo-se a detalhes que tão pouco importam e fazem com que se percam valiosos momentos com aquilo que realmente interessa.
Somos um povo miscigenado aqui em “terra brasilis”, habitantes do mundo inteiro pelas mais diversas razões vieram com suas famílias em busca de sonhos, inícios, proteção e recomeço e que assim deram origem a esta nação, berço de todas as raças, acolhedora de todos os povos, mãe de todos nós, brasileiros, filhos, netos, bisnetos e tataranetos de alguns destes pioneiros, de alguns destes estrangeiros.
 
                               UMA BOA LEITURA, UM BOM ENTRETENIMENTO!
 
 
 
 
 
 
FONTE/CRÉDITOS: Adalberto de Oliveira - jornalista/radialista
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